Veículos autônomos: Carros que dirigem sozinhos seriam uma solução para tornar o trânsito mais seguro?

Veículos autônomos: Carros que dirigem sozinhos seriam uma solução para tornar o trânsito mais seguro?

Maio é o mês da conscientização sobre a segurança no trânsito, já que a maior parte dos acidentes ocorrem por falhas humanas. Tendo carros que dirigem sozinhos, dispensando uma pessoa no volante, a conscientização do Maio Amarelo não seria mais necessária?

Embora os veículos autônomos já sejam uma realidade em alguns países, ainda é impressionante ver um carro andando sem motorista. A tecnologia chega a parecer algo futurístico, à lá desenho “Os Jetsons”, não é mesmo?

Você sabia que já existe uber sem motorista?

Recentemente, uma influenciadora brasileira que mora nos Estados Unidos compartilhou a sua experiência usando um carro de aplicativo, que tinha como diferencial não ter um motorista.

Lívia Lima mostrou como foi o seu trajeto em um carro que estaciona e anda completamente sozinho. O veículo é um Jaguar I-Pace elétrico, que ainda possui restrições de local, andando apenas no centro da capital do estado do Arizona.

A brasileira não teve nenhum problema em chegar ao seu destino final, mas muitos americanos ainda não confiam na tecnologia, embora a empresa garanta que é seguro. De acordo com dados de uma pesquisa da American Automobile Association, 63% dos americanos disseram ter medo de carros autônomos.

O carro da Tesla é autônomo?

O assunto que está em alta já há alguns anos, é a promessa de Elon Musk em colocar no mercado um carro 100% autônomo. Após vários testes e situações de acidentes, aparentemente a marca está pisando no freio, embora o CEO diga que tenha pretensões em lançar o modelo o mais breve possível.

Atualmente, o que existe da marca é um carro semi autônomo, com sistema considerado de nível 2, que necessita de um motorista no volante para supervisão. Mesmo que possua volantes e pedais que funcionam sozinhos, não é seguro (nem permitido), que o motorista tire as mãos do volante, durma ou mexa no celular enquanto está “dirigindo” o carro.

Qual o carro com maior autonomia?

Passando a Tesla, a Mercedes-Benz recebeu certificação de nível 3 nosEstados Unidos. A montadora é a primeira a receber esse certificado, que permite que quem tenha um Mercedes com sistema Drive Pilot andem no carro, quase sem precisar prestar atenção na estrada.

No nível 3, o motorista não precisa ter nenhuma interação com o volante ou com os pedais, nem mesmo olhar para a estrada, mas não pode sair do banco do motorista, e não pode dormir. Então, alguma supervisão ainda é necessária, para garantir maior segurança.

Como são classificados os níveis de autonomia do carro?

Como comentamos acima, os níveis 2 e 3 ainda precisam de alguma supervisão humana. O nível 1 está muito próximo a um carro normal, já os níveis 4 e 5 são considerados realmente autônomos, não necessitando de uma pessoa como motorista.

No nível 4 está, por exemplo, o carro de aplicativo usado pela Lívia Lima. A empresa responsável é a Waymo, que está realizando testes com o veículo, por isso, ainda não há nenhum carro com certificação para esse nível.

Já no nível 5, que é o último, seria possível até mesmo a pessoa dormir enquanto está no carro. Esse é o considerado como 100% autônomo!

Os carros autônomos são seguros?

Como a maioria está em fase de testes ou estão classificados como semi autônomos, o que as pessoas esperam de um carro realmente sem motorista, onde não seja necessário nenhuma atenção ou supervisão do veículo, ainda não há nenhum modelo considerado completamente seguro, pelo menos não em uma abrangência territorial maior. No caso dos carros de aplicativo sem motorista da Waymo, por exemplo, ainda não é possível andar em qualquer lugar, apenas em um raio de distância específico.

Para eliminar os acidentes de trânsito que são causados por falhas humanas, é preciso que a tecnologia dos carros autônomos seja melhor desenvolvida e passe em todos os testes de segurança. Podemos esperar que isso aconteça no futuro, e provavelmente um futuro não tão distante.